prev next front |1 |2 |3 |4 |5 |6 |7 |8 |9 |10 |11 |12 |13 |14 |15 |16 |17 |18 |19 |20 |21 |22 |23 |24 |25 |26 |27 |28 |review

Autor: Letchuman Ramanathan

Tonkin A. Presented at AHA Scientific Sessions, 1997

Como alguns dos diapositivos anteriores demonstraram,a melhora dramática na expectativa de vida observada no último século é devida principalmente à melhorias sanitárias, de nutrição e de saúde pública. A expectativa de vida depende principalmente da mortalidade infantil, que é causada principalmente por doenças infecciosas. Portanto, ao menos nos países em desenvolvimento, ocorreria melhora da expectativa de vida com a prevenção de doenças infecciosas no século XXI.

Por outro lado, as questões de saúde em maiores de 15 anos, tanto nos países desenvolvidos quanto naqueles em desenvolvimento, estão relacionadas a doenças não infecciosas.
(Sen K et al. Lancet 356: 577-82; 2000).

Pensando em prevenção no século 21, precisamos falar na prevenção de doenças não infecciosas , colocando ênfase similar àquela dada às doenças infecciosas. Este diapositivo apresenta o resultado de vários ensaios clínicos demonstrando os benefícios do uso de estatinas para a prevenção de doença cardiovascular.

A Publicação do Heart Protection Study (HPS), o maior estudos sobre estatinas do mundo, está alimentando as solicitações da ênfase em diretrizes para a redução dos níveis de colesterol como estratégia do tratamento de pacientes de alto risco, e não do colesterol elevado;

Heart Protection Study Of Cholesterol Lowering With Simvastatin in 20,536 High–risk Individual: a randomized placebo controlled trial Lancet 2002 Jul 6;360(9326):7-22

A principal causa de morbidade e mortalidade nos países desenvolvidos e na maioria dos países em desenvolvimento no mundo atual são as doenças cardiovasculares. Estilos de vida saudáveis, ou seja, manter uma dieta balanceada, não fumar e realizar atividade física contribuirão definitivamente para a prevenção destas doenças. Entretanto, apesar destas medidas, existem ainda pacientes que irão adoecer. Este diapositivo resume os resultados dos maiores estudos usando o grupo de drogas chamados de estatinas na prevenção primária e secundária da doença coronariana. As estatinas são muito efetivas na redução dos níveis de colesterol. Como resultado destes estudos nós temos hoje aceitado amplamente as recomendações sobre como tratar pacientes de alto risco com estatinas. O uso adequado destes medicamentos na realidade reduz custos a longo prazo, uma vez que as pessoas viverão mais tempo e mais saudáveis. Este importante conhecimento médico precisa ser amplamente divulgado por todo o mundo para gerar uma melhora significativa na vida das pessoas, e o Supercourse pode contribuir neste sentido.

Referências:

Shepherd J et al. N Engl J Med. 1995;333:1301-1307.

4S Study Group. Lancet. 1995;345:1274-1275.

Sacks FM et al. N Engl J Med. 1996;335:1001-1009.

Downs JR et al. JAMA. 1998;279:1615-1622.

RELAÇÃO ENTRE EVENTOS CORONARIANOS E NÍVEIS DE LDL-COLESTEROL EM ENSAIOS CLÍNICOS RECENTES COM ESTATINAS

Ensaios clínicos recentes com estatinas, que incluíram dados de 30.817 pacientes, demonstraram uma relação quase linear entre os níveis de LDL-colesterol e eventos coronarianos.

Os dados de estudos de prevenção primária (WOSCOPS) e secundária (CARE, 4S) comprovaram que a redução dos níveis de LDL-colesterol resulta em menor número de eventos coronarianos.

Dados de dois ensaios clínicos recentes, o Estudo de Prevenção de Aterosclerose Coronária da Força Aérea do Texas (AFCAPS/TexCAPS, prevenção primária) e a intervenção a longo prazo com pravastatina em doença isquêmica (LIPID, prevenção secundária) mostraram benefícios similares do tratamento com estatinas na redução do risco de eventos coronarianos em pacientes com

Duas conclusões podem ser obtidas destes estudos:

A redução dos níveis de LDL-colesterol reduz o número de eventos coronarianos, sem aumento significativo na taxa de mortalidade por outras causas.

Os benefícios da redução dos níveis de LDL-colesterol podem ser estendidos todos aqueles com níveis de lípides plasmáticos moderados, incluindo indivíduos com e sem doença coronariana.

Shepherd J et al. N Engl J Med. 1995;333:1301-1307.
Scandinavian Simvastatin Survival Study Group (4S Group). Lancet. 1995;345:1274-1275.
Sacks FM et al. N Engl J Med. 1996;335:1001-1009.
Downs JR et al. JAMA. 1998;279:1615-1622.
Tonkin A. Presented at AHA Scientific Sessions, 1997.